A esperança que temos de uma rápida apuração do crime contra Ivonaldo não encontra guarida em outros assassinatos acontecidos contra radialistas e jornalistas no Extremo Sul. Ivan Rocha e Geo Lopes, em Teixeira de Freitas, Ronaldo Santana, em Eunápolis, Manoel Leal em Itabuna e agora Ivonaldo Batista, em Itamaraju, todos crimes que ficaram sem solução, com exceção do último, que aconteceu agora. Eles mostram que ser radialista e jornalista no Extremo Sul é uma profissão perigosa e desassistida.
Na cassino e hotel talca gestação da violência, o ovo da serpente do mal, acaba sendo a intolerância dos assassinos e a impunidade concedida a eles pelas nossas frágeis instituições. No caso Ivan Rocha, o embaralhamento político foi tanto que o crime prescreveu sem ter sido elucidado. Com Ronaldo Santana, em Eunápolis, o julgamento de executores e mandantes mais uma vez foi adiado. No caso Geo Lopes, o silêncio das autoridades sobre a apuração do crime nos faz sentir a impunidade grassando firme, sem ao menos uma confirmação do fracasso investigativo. A impunidade é a mãe do crime. Esperamos que a morte de Ivonaldo seja apurada com rigor e eficiência, mas a crença nesse fato é fraca.