A reflexão ao qual me referi é que me dei conta que o ser humano é a única espécie que se restringe e se priva da prática sexual com naturalidade; é a única espécie que tirou a naturalidade da prática sexual e a colocou no contexto da culpa, da vergonha, da sujeira.
O cassino deserto que vejo demais no consultório são pessoas infelizes e insatisfeitas com sua vida sexual. Vejo mulheres cheias de culpa e receio em se soltarem sexualmente porque ouviram de alguém que era feio e pecado fazer ou sentir certas coisas e que por isso perdem um tanto das possibilidades de sentir prazer e de desfrutar de um momento único e vital para sua saúde física, psíquica e emocional. Os homens, por mais livres que possam ser a respeito da prática do sexo também se privam de sensações pois se forçam a uma conduta de machão pra não perderem seu referencial de homem deixando também de sentir sensações extremamente prazerosas. Uma das principais posturas que devemos cultivar em nós que possuímos vida sexual ativa é gostar primeiramente do próprio corpo e se soltar mental e fisicamente de maneira que você possa se permitir ampliar sua sensação corporal. Quanto mais tenso seu corpo for menor será sua sensibilidade.